Michael Fassbender - A revelação do ano

Michael Fassbender – A revelação do ano

Começou a sua carreira na televisão, participou em várias séries e telefilmes, mas encontrou a verdadeira paixão no cinema. 300 foi o primeiro filme de Michael Fassbender para a indústria cinematográfica. Na obra bélica de Zack Snyder, dá vida a Stelios, o braço direito do rei Leonidas (Gerard Butler) na demanda contra o imenso exército do déspota Xerxes (Rodrigo Santoro).

Em Angel, vive um romance com a personagem de Romola Garai num drama pouco satisfatório sobre uma autora de romances no início do século XX. O seu Esmé é um artista com um temperamento um tanto ou quanto obscuro que se torna numa das obsessões de Angel. Este é um daqueles filmes que se ama ou se odeia e não vemos muito de Michael Fassbender neste pequeno papel.

É em 2008 que o actor conhece Steve McQueen. Trabalharam juntos em Hunger, uma biografia dramática na qual Fassbender interpreta Bobby Sands, um activista republicano que conduz os reclusos de um estabelecimento prisional da Irlanda do Norte à rebelião através de uma dura e intensa greve de fome. Fassbender dá-nos uma performance brilhante, Hunger é um filme que vale muito mais pela imagem do que pelas palavras, é um apelo à humanidade em tempos difíceis.

Eden Lake, de James Watkins, é um filme que não esperamos ver no currículo do actor alemão. Neste horror film completamente arrebatador, Michael Fassbender é Steve um namorado extremoso e dedicado que pretende pedir Jenny (Kelly Reilly) em casamento num cenário idílico à beira de um lago. O que ele não sabe é que o terror espreita naquelas margens.

2009 é um ano de sorte para Michael Fassbender. Não só entra em Blood Creek ao lado de Henry Cavill e Dominic Purcell e em Fish Tank com Katie Jarvis, como no maravilhoso Inglourious Basterds de Quentin Tarantino. Em Inglourious Basterds, interpreta Lieutenant Archie Hicox, um soldado inglês que apesar de não pertencer aos “The Basterds”, foi destacado pelo governo do seu país para se infiltrar na Alemanha para obter informações sobre o Terceiro Reich. Infelizmente não vemos muito de Fassbender neste papel porque a sua personagem é assassinada numa luta de bar que corre para o torto.

Jonah Hex é um verdadeiro “falhanço” na ainda curta carreira de Fassbender. No entanto, Jane Eyre, no filme homólogo ao romance de Charlotte Brontë, dá-nos uma prestação estonteante e irrepreensível como Mr. Rochester, o para sempre bem-amado de Jane Eyre (Mia Wasikowska).

No mesmo ano em que Jane Eyre é lançado, chega aos cinemas X-Men: First Class e A Dangerous Method. Na prequela de X-Men, o actor interpreta um Magneto bem mais novo e inexperiente na arte da malvadez. No filme de David Cronenberg, temos a oportunidade acompanhar a amizade entre Carl Jung (Michael Fassbender) e Sigmund Freud (Viggo Mortensen), desde o início ao seu término.

Shame volta a reunir Steve McQueen ao seu “actor fetiche”. Apesar de bastante incompreendido, é um filme que explora a adição sexual de um homem e a sua frustração a nível pessoal e social. Este é o grande breakthrough de Michael Fassbender e, não é arriscado dizer, que será a interpretação que mais impacto vai criar na memória do público.

Haywire de Steven Soderbergh é um filme que fica um tanto aquém das espectativas. Todavia, Fassbender tem a possibilidade de trabalhar com um elenco de estrelas composto por Gina Carano, Ewan McGregor, Michael Angarano, Channing Tatum e Michael Douglas.

Conhecido pela sua dedicação on-screen, Michael Fassbender consta no imaginário de qualquer realizador. Capaz de conjugar convenientemente intensidade e vulnerabilidade nos seus papéis, vai tornar-se num must-have hollywoodesco. Definitivamente, é um daqueles actores que teremos de manter debaixo de olho.

Prometheus, o novo filme de Ridley Scott, estreou dia 7 de Junho e conta com Noomi Rapace, Logan Marshall-Green, Michael Fassbender e Charlize Theron nos principais papéis.

Texto por Elisa David

Arte-Factos

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