
Entrevista aos Weapon
Assim que alcançam o seu terceiro álbum e se estreiam para a Relapse Records, os canadianos Weapon encontram-se no seu pique de genica e força e prometem continuar sempre a subir. Para alguns esclarecimentos sobre variados assuntos relativos à banda, o vocalista e guitarrista Vetis Monarch respondeu-nos a algumas questões sem colocar travão na sinceridade das suas opiniões.
1. “Embers and Revelations” sucede em ser o álbum mais forte que lançaram até à data. Isso é algo que mantêm em mente quando escrevem e compõem ou é uma evolução que flui naturalmente?
Nós acreditamos que qualquer novo lançamento deve ser significativamente melhor que todos que fizemos anteriormente, senão estraga o propósito de lançar algo novo. Portanto sim, isso é algo do qual nos mantemos absolutamente conscientes quando estamos a compor material novo.
2. Este é o primeiro disco que lançam através da Relapse Records. Este passo para uma editora maior foi algo que sempre desejaram? Estão contentes com o trabalho deles até agora?
Os Weapon são uma banda que se movimenta sempre para a frente e para cima, e mudarmo-nos para a Relapse Records foi simplesmente uma parte desse crescimento. Somos uma banda que nunca está satisfeita e que tem sempre fome para mais. Para já, o seu trabalho tem sido mais que satisfatório, não nos podemos queixar.
3. O facto de assinarem com uma editora maior aumenta as vossas ambições para o futuro?
Certamente que abre mais possibilidades. Ao final de contas, acaba por ser a música que importa. Se lançarmos discos merdosos, nem a Sony Music nos consegue levar a lado algum.
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4. Durante a preparação deste disco, a adição do vosso novo guitarrista Rom Surtr foi sentida? Ele está a adaptar-se e a tornar-se uma parte importante do processo criativo?
O Rom Surtr é um guitarrista treinado de forma clássica e metódica com um sentido de estrutura perspicaz, o que é um total contraste ao meu estilo de tocar caótico e auto-ensinado. Mas também é bastante complementar, é aí que encontrámos a nossa química. O Rom Surtr interpreta o som dos Weapon muito bem e acrescenta uma dimensão totalmente nova ao paradigma. Ao contrário da pessoa que substituiu, o Rom Surtr já escreveu riffs para a banda.
5. Estão todos satisfeitos com o feedback que o álbum tem recebido para já?
Para já ainda não vimos uma crítica negativa, logo sim, diria que estamos satisfeitos.
6. No que toca ao som e género da banda, algumas pessoas parecem ter alguma dificuldade em classificar-vos. Uns dizem que vocês tocam Black metal, ou Death metal, ou Thrash metal ou uma combinação de todos. Esta procura por um rótulo é algo que vos incomoda? Procuram por influências em todos esses géneros ou apenas querem ser denominados como uma banda de Metal extremo?
Já parei de dizer às pessoas o que é que nos devem chamar há muito tempo. Toda a gente na banda tem gostos musicais diversos, não apenas Metal, e nós trazemos influências subconscientes de muitas áreas diferentes. Mas quando despes tudo para chegar à raiz, Weapon é uma banda de Death/Black metal satânica.
7. O que algumas pessoas por vezes também apontam é que o nome da vossa banda é um pouco vago. Concordam e acham que pode tornar-se um obstáculo em fazer a banda notar-se ou não acham o nome da banda importante de todo?
O nome da banda é MUITO importante, e qualquer um que ache que um nome como Weapon é vago ou é retardado ou estúpido para além da compreensão humana. Os melhores nomes de bandas de metal sempre foram simples e directos – Venom, Slayer, Possessed, Mayhem, Death, Autopsy – devo continuar? Não adoptamos um nome com palavras como “Necro”, “Nocturnal” ou “Goat”, logo tende a confundir a comum escumalha “metalóide” morta do cérebro.
8. Neste último Verão andaram em digressão com nomes gigantes do Black metal como Marduk e 1349. Como se sentem quanto a esta experiência? Isso é algo que gostavam de repetir, até com diferentes bandas?
Foi uma experiência fantástica. Ambas as bandas são muito boas naquilo que fazem e aprendemos imenso. E é claro que gostávamos de andar ainda mais em digressão, tanto com eles como com outras bandas.
9. Para concluir, quais são os principais objectivos no futuro para manter esta “besta” viva e a crescer?
Andar em digressão pelo maior número de sítios possível.
Entrevista por Christopher JRM