Escolhas de João Gil (Vitorino Voador):

Bernardo Sassetti e Mário Laginha – Señor Cáscara
Sobre esta música posso falar durante horas, especialmente esta versão a dois pianos, mas não o vou fazer, vou deixar que quem fique curioso a vá ouvir e que construa a sua própria opinião. Vou só dizer que venha todo o rock do mundo do mais leve ao mais pesado, que continua a ser esta música que me faz abanar mais a cabeça sempre, é daquelas que oiço como quem vê um bom filme mais do que uma vez e já sabe todos os pequenos detalhes e até mesmo deslizes mas que no fundo são uma parte importante para que a música seja tão boa. Saudades tuas, B.

PJ Harvey – The Glorious Land
Quando ouvi esta música pela primeira vez, ri-me, só por causa de um trompete que se ouve durante o início e mais algumas partes da música, e pensei “ahah, ela passou-se desta vez…”, há coisas geniais que não percebemos assim que as ouvimos, esta foi uma delas e neste momento só consigo pensar que se algum dia conseguir encaixar um trompete assim numa música minha vou ser o músico mais feliz do mundo. O trompete não é tudo, a música é incrivelmente bonita, oiçam e vejam.

TV on the Radio – A Method
Apaixonei-me por esta música porque assim que a ouvi fiquei a achar que estava a ouvir uma banda de NY influenciada pela nossa música tradicional portuguesa, as palmas e o ritmo são incríveis! Gostava de ver isto ao vivo cheio de tambores, caixas e um coro de vinte pessoas em palco. Quem sabe um dia?

Queens of the Stone Age – Song for the Dead
Quem é que não gosta de rock para homenzinhos de barba feita? E quando o rock já está num nível tão alto chega o Josh Homme e mete o Dave Grohl a tocar bateria. Quando oiço esta música não consigo deixar de fazer air-drums, serei o único? Aquele início e aquele final não são a #$%& da loucura?!?!

Radiohead – All I Need
Reduzir estes gajos a uma música é talvez a tarefa mais difícil que me podem dar, mas como aqui nos estamos a referir a músicas da semana vou fazer essa escolha com base na música deles que mais ouvi esta semana, cá está ela. Esta música faz-me vibrar por duas razões, porque é perfeita, pronto, está dito, mas a segunda razão é porque quando a oiço sinto que estou dentro de água, é estranho explicar isto mas quem surfa vai conseguir perceber um pouco melhor o que digo, sabem aquela sensação quando estão no mar num daqueles dias em que tiveram a sorte de ser os primeiros a chegar e ainda estão sozinhos dentro de água? Enquanto esperam pelas ondas e ouvem só o mar? Então é isso que eu sinto, quando estou no mar, o que oiço é esta música e quando estou a ouvir esta música sinto-me no mar, é perfeita (para mim).

Escolhas de Cláudia Andrade:

Slayer – Post Mortem
Nas últimas semanas temos recebido notícias tristes como foi o caso da morte do Chi de Deftones. Esta semana recebemos a notícia de uma morte que teve um impacto tão forte como a da morte de Dimebag Darrell, Jeff Hannaman deixou-nos fisicamente e deixou os Slayer com um futuro incerto. Deixo o meu tributo a um grande músico que inspirou tanta gente e vai continuar a inspirar por muitos anos.

Isole – Moonstone
Foi ao fim de 10 anos que finalmente vi os Isole ao vivo, banda que me chegou já no fim da minha adolescência quando o Doom se tornou parte da minha vida e se apoderou de mim de tal forma que não conseguia ouvir mais nada se não isso. Embora já não esteja ligada ao Doom da mesma forma, ver e ouvir esta banda ao fim de tantos anos, em especial a tocar esta Moonstone, fez-me recordar bons momentos e sentir que o Doom jamais deixará de ter um lugar aqui dentro.

Jesu – Sun Day
Há muito poucas bandas de que goste muito e que ao ver ao vivo tenha me apercebido que não funcionam bem em palco. Contra tudo o que esperava, esta foi uma delas e a sensação de desilusão quando as espectativas eram altas chega a ser doloroso. Ainda assim, nada tenho a apontar ao brilhante trabalho destes senhores em disco, antes pelo contrário, são e vão ser sempre uma das minhas bandas de eleição.  Esta Sun Day vem em homenagem aos dias de Sol e Verão que estão aí para ficar e ao dia de hoje.

Efterklang – Blowing Lungs Like Bubble
Fui ao concerto destes senhores um pouco às cegas na passada quinta-feira no Lux e fiquei rendida às vozes. Gostei especialmente desta música. Uma banda a seguir mais de perto.

John Talabot feat Pional – Destiny
Hoje é dia de Night + Day. John Talabot está na minha lista de “bandas a ver” e tenho cá para mim que vou dançar nesta.

Escolhas de Hugo Rodrigues:

©Cláudia Andrade

SAUR – Mr. Veerappan
Os casos de polícia no seio da Coronado continuam a aumentar, ontem os senhores agentes gostaram tanto do que ouviram que deram um salto Lounge durante a actuação dos SAUR. Só foram ver se tava tudo nos conformes, mas conta na mesma. Só foi pena a coluna ter queimado e o concerto ter acabado mais cedo do que o previsto mas, ao menos, se era para acabar, podem ter a certeza que acabaram em grande.

Ty Segall – Would You Be My Love
Normalmente não me costuma acontecer mas, numa das viagens de transportes para casa da passada semana, acabou-se-me a bateria do leitor de mp3. Assinalo esse momento aleatório da minha vida aqui porque por vezes não é fácil ‘sobreviver’ aos transportes públicos sem algo a bloquear o som circundante. Esta era a música que estava a tocar quando isso aconteceu.

Seasick Steve – Keep On Keepin’ On
O senhor que espantou tudo e todos aquando da sua passagem pelo Optimus Alive de 2011 tem um novo disco, e esta é uma das músicas a sair dele. Impossível de ouvir apenas uma vez, gotta keep on keepin’ on.

Oceansize – You wish
Os Oceansize são audição obrigatória para mim todas as semanas e por esse motivo já apareceram por aqui várias vezes, não vou dar mais razões para isso, são (ou eram) grandes, e isso é o suficiente para mim.

Sigur Rós – Ísjaki
Ter um lyric video dos Sigur Rós é, para mim, o equivalente a ter um outro vídeo qualquer com legendas em japonês. Felizmente, a música no geral é uma linguagem universal, e por isso ter novidades desta banda é sempre bom.

Escolhas de Cláudia Filipe:

The Knife – Without You My Life Would Be Boring
Resolvi começar a prestar séria atenção ao Shaking the Habitual esta semana e adoro. Entretanto soube-se também da passagem dos The Knife por Paredes de Coura e, face à incerteza em conseguir deslocar-me até ao norte a meio de Agosto, só tenho a dizer que a minha vida vai ficar algo mais aborrecida se passar o dia 15 sem eles.

SAUR – Alien Dinosaur Explosion
No capítulo “Saturday Night Fever”, a única coisa que tenho a dizer é que é serões com concertos de SAUR são sempre apostas ganhas.

Efterklang – Sedna
Apesar de não terem tocado a minha música preferida deles no Lux (como é que foram capazes…), foi um serão bem passado com Efterklang.

Marnie Stern – Year of the Glad
Quando eu for grande quero ser como ela, podendo. Mais outra para completar a lista dos discos essenciais de 2013.

Baroness – Jake Leg
Ouvir Baroness devolve-me dias mais livres de calor, férias, Verão, dos quais tenho imensas saudades…

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