Top 10 de 2013 por Ana Soares

Top 10 de 2013 por Ana Soares

Com o aproximar do final de mais um ano, é tempo para balanços, musicais e não só! Aqui fica a minha  lista do que melhor 2013 trouxe:

#10 Mikal Cronin

Foi das descobertas musicais que mais gostei no ano que agora acaba. Música leve e capaz de nos fazer voltar a ter “verão” em qualquer altura do ano.

#9 Optimus Primavera Sound

Apesar de 2013 ter sido o ano da segunda edição do festival originalmente catalão na invicta, este foi o meu ano de estreia no OPS, num Parque da Cidade vestido a rigor para receber boa música e apesar das temperaturas nada primaveris, adorei o festival. É para mim, a par de Paredes de Coura, o festival com o cenário mais bonito que temos por cá.

#8 Bush, no Marés Vivas

Os Bush foram uma daquelas bandas que marcaram a minha adolescência… quando soube que vinham ao Marés Vivas, fiquei com mixed feelings… Vi os Bush em 1999 num Coliseu do Porto a rebentar pelas costuras, na altura em que mais gostava deles… voltar a vê-los 14 anos depois, numa altura em que raramente os ouço, pensei que não fizesse grande sentido ou não fosse grande coisa. Enganei-me redondamente, à parte de tocarem imensos temas de Sixteen Stone (o meu álbum preferido deles), Gavin Rosdale continua melhor que nunca e foram mesmo umas das melhores surpresas de 2013, no que a concertos diz respeito.

#7 Metz, no OPS

Era um dos concertos que tinha mais curiosidade em ver no OPS, e os Metz não desiludiram. No palco Pitchfork aconteceu uma descarga de energia à conta dos canadianos, e do rock enérgico do seu álbum de estreia. Uma banda que parece estar permanentemente ligada à corrente deixou o público presente perto da apoteose, a ponto de dois jovens terem invadido o palco criando um momento algo cómico, com um segurança a tentar detê-los. Os Metz debitaram a sua energia em palco justificando na perfeição o facto de serem conhecidos como “explosiva banda ao vivo”.

#6 Blur, no OPS

Os Britânicos Blur criaram uma das maiores enchentes no Optimus Primavera Sound de 2013, Damon Albarn e restante banda subiram ao palco Optimus ao som de “Girls & Boys” e foram desfilando êxitos atrás de êxitos, um regresso em formato best of era à partida uma aposta ganha. Muitos foram os que recordaram ao longo de temas como “Beetlebum”, “There’s no other way” ou “Park Life”, pedaços dos idos anos 90 e da sua adolescência. A belíssima “The Universal” chegou quase no fim, com milhares de braços estendidos até ao céu, antes do concerto chegar ao fim com a a explosiva “Song 2”, que levantou uma enorme nuvem de pó que ficou a pairar sobre o recinto à medida que o público que lotou o Parque da Cidade desmobilizava em direção a um merecido descanso.

#5 The National, na MEO Arena

Não tendo sido o meu concerto preferido das 5 vezes que tive a oportunidade de ver os The National por terras lusas, foi um bom concerto e merece estar no meu top 10 de 2013… na Mr.November (primeira musica que ouvi de The National há uns bons anos atrás), pude abraçar Matt Berninger e cantar com ele “I used to be carried in the arms of cheerleaders“ e isso, por si só, é um factor  mais do que suficiente para este concerto ficar por muito tempo na memória.

#4 Muse, no Estádio do Dragão

Os Muse passaram pelo Porto e lá me decidi à última da hora ir até ao Estádio do Dragão em dia de feriado nacional para ver e ouvir os britânicos. Com um cenário aparatoso, ecrãs gigantes e muita produção de palco, os Muse lá nos brindaram com os seus temas mais recentes, mas ao contrário do que estava à espera houve ainda tempo para bastantes temas mais antigos da discografia dos britânicos. Temas como Bliss, Sunburn ou Hysteria fizeram-me sair do concerto com um sorriso na cara.

#3 Daniel Rodrigues – Prémio World Press Photo

O fotógrafo português Daniel Rodrigues ganhou o primeiro prémio na categoria “Daily Life” do World Press Photo 2013. A fotografia que valeu o prémio ao fotógrafo foi tirada na Guiné Bissau e retrata um jogo de futebol num campo de terra batida, em que diversos jovens se debatem pela bola. Uma belíssima foto e um belíssimo prémio para o fotógrafo do Porto, mostrando que para além das reconhecidas áreas da música e do cinema, há também muito talento português na fotografia.

#2 Exlosions In The Sky e James Blake no OPS

Foram para mim os concertos do festival. Depois de no ano passado terem cancelado a sua actuação, os Explosions in the Sky tinham à sua espera alguns fãs ansiosos pelo seu post-rock instrumental. E ao longo do tempo que estiveram em palco, a banda justificou a devoção dos seus seguidores, e deram um concerto fantástico. Num alinhamento perto da perfeição, a banda deu um dos melhores concertos do festival. James Blake, considerado por muitos o menino prodígio da eletrónica britânica também teve no festival portuense uma plateia que fervilhava para o ver actuar, e que aos primeiros sons de “Air & Lack Thereof” se silenciou para contemplar de forma instrospectiva a sua música. Foi assim ao longo de toda a sua actuação. Retrograde encerrou um espectáculo de uma beleza ímpar pelo meio de muitos agradecimentos aos efusivos elogios que a plateia foi lançando.

#1 Sigur Rós, no Coliseu do Porto

Os islandeses são uma das poucas bandas que consegue um enorme sucesso internacional usando uma língua absolutamente imperceptível para quase todos, e a 14 de Fevereiro de 2013 subiram ao palco de um Coliseu do Porto totalmente esgotado. Num espaço temporal em que tudo é tão bonito e intenso, torna-se complicado destacar um momento especialmente marcante, mas o prémio de momento do ano vai mesmo para “Hoppípolla”, uma das músicas mais intensamente vividas no concerto dos Islandeses, com uma interpretação divinal embelezada por um fantástico cenário de luz e cor. Foi um dos momentos mais marcantes do ano, e o melhor, no que a concertos diz respeito. Takk Sigur Rós.

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