
Entrevista a Keep Razors Sharp
Os Keep Razors Sharp são uma banda de amigos que começaram a frequentar a sala de ensaios nos intervalos das saídas à noite e depois de um verão bastante preenchido, no que a concertos diz respeito. No passado mês de Outubro editaram o seu muito aguardado disco de estreia homónimo, através da NOS Discos.
Keep Razors Sharp é o resultado de quatro músicos que já tocavam em projectos diferentes… Conta-me como se sucedeu a formação do grupo.
Coincidiu com a vinda do Afonso e do Bráulio para Lisboa. Foi o Bráulio que lançou o repto. Como estávamos com tempo, decidimos usar o estúdio que tínhamos disponível para fazer uns ensaios, sem nunca perceber que direcção queríamos seguir em termos musicais. A ideia era partilharmos bons momentos para além dos que estávamos a passar nas noites de Lisboa.
Sentem que esses outros projetos influenciam o vosso trabalho nesta banda?
Influenciam, não influenciando musicalmente. Ou seja, queríamos fazer algo totalmente diferente do que tínhamos feito até então.
O vosso disco de estreia homónimo foi editado recentemente. O que nos tens a dizer acerca deste trabalho?
Um disco escrito com o pulsar de quatro caixas sincopadas a bater ao mesmo ritmo dentro de uma sala sem janelas.
O artwork do disco captou a minha atenção. Quem é que o fez e de que forma é que o enfoque na dicotomia presa/ predador se liga ao vosso trabalho?
O artwork foi desenvolvido pela ilustradora Sara Feio. A Sara mostrou vontade em entregar a sua criatividade desde o início. Reunimos, demos umas luzes sobre a ideia que queríamos desenvolver e que estava espelhada no conteúdo lírico do disco; tal como dizes Presa/Predador, é um tema muito abordado em várias frentes líricas do disco. E a Sara tirou este Coelho da cartola.
Consideras que a vossa sonoridade acrescenta algo ao panorama musical português?
Sim, o espaço sónico em que nos movemos não está a ser explorado no nosso Portugal.
Já tiveram algumas oportunidades de se apresentarem ao vivo. Como tem sido essa experiência?
Muito gratificante. No início, as pessoas manifestavam-se 15 segundos depois de acabarmos cada canção, pois desconheciam os temas por completo, depois começaram a reagir aos singles de forma diferente. Cada concerto tem sido único, e a ideia é manter essa sensação… “o que vai acontecer esta noite?”. Um nosso muito obrigado a todos os que nos têm apoiado indo aos concertos, pois sabemos que não é fácil pagar bilhete para ver uma banda que se desconhece por completo. Deram-nos um grande voto de confiança, esperamos que este disco seja uma forma de retribuir dizendo: muito obrigado.
Há algumas novidades que possas dar aos nossos leitores?
Em breve vamos anunciar as primeiras datas de promoção do álbum, pois queremos mostrar estas canções ao maior número de pessoas possível. É estarem atentos à nossa página facebook.
Entrevista por João Pereira