
Entrevista com Salto
Actualmente numa digressão que os leva a vários pontos do país de forma a desvendarem o seu novo disco ainda sem data de lançamento, invertendo um bocado a lógica habitual do processo, os Salto responderam-nos a algumas perguntas rápidas sobre o que aí vem.
Encontram-se neste momento a preparar o vosso segundo disco, podem-nos adiantar alguma coisa sobre ele? Em que estado estão as gravações?
Neste momento estamos entre concertos, sala de ensaios e estúdio. Já temos parte do disco gravado e ainda estamos a fechar algumas das músicas.
Para este lançamento optaram por inverter um bocado as coisas, e o novo single “Mar Inteiro” deu o mote para a digressão em que se encontram, onde estão também a apresentar outros novos temas. Porquê esta opção? Foi uma forma de “testar as águas”?
Sim, acaba por resultar nesse “testar de águas”. O objectivo foi darmos a conhecer as músicas em concerto e ser aí que as pessoas ficam a conhecer o novo álbum e não ao contrário. Isso permite-nos fazer experiências com as músicas, experimentar letras, arranjos, estruturas e divertirmo-nos com isso.
É verdade que ainda vai no início, mas têm já alguma noção de como as novas músicas estão a ser recebidas?
Nestes primeiros três concertos da tour (Fundão, Aljustrel e Évora) a recepção foi mesmo muito boa. Foram três concertos completamente diferentes mas em que se notou um grande entusiasmo por parte do público com as músicas novas e com todo o concerto.
Visto que o álbum está ainda em preparação, acham que isso poderá mexer de alguma forma, mesmo que inconscientemente, no seu alinhamento final e até mesmo na estrutura de algumas músicas?
Pode e esse é um dos objectivos. No fundo queremos estender o processo de composição e produção deste novo álbum à estrada. É um álbum pensado para a forma como resulta ao vivo.
[spotify http://open.spotify.com/track/1UdG32uPGFQaT0TBP57t98]
Muito mudou desde que formaram oficialmente os Salto e editaram o vosso disco de estreia. De dois passaram a quatro, muitos concertos foram dados, inclusive em festivais, e têm actualmente outro tipo de experiência. De que forma é que isto se reflecte neste novo trabalho?
De forma transversal. Crescemos imenso em muitos aspectos e obviamente que isso se reflete na nossa música. Desde os arranjos ao próprio método de composição. A palete de cores sónica é mais ampla, e a música, em contraponto ao primeiro álbum, é concebida na sala de ensaios e não no estúdio.
Sabemos que o Filipe e o Tito são vossos amigos há algum tempo e isso deve ter ajudado na integração de uma forma geral, mas foi fácil para eles integrarem-se no vosso processo criativo?
Eles já faziam parte indiretamente, trocávamos música e encontrávamo-nos em concertos. A transição para a sala de ensaios foi muito tranquila e rapidamente se tornou produtiva.
Vão andar na estrada com esta digressão até Março. Após isso vão finalizar o disco e começar a pensar na sua edição? O que é que podemos esperar dos Salto nos próximos tempos?
Muitas coisas boas. Disco, concertos e mais algumas coisas que estamos a preparar! Quanto ao disco ainda não temos qualquer certeza da data de lançamento mas estamos a finalizar as gravações. Vem aí um grande ano!
A digressão dos Salto continua até ao próximo mês de Março e poderão ainda apanhá-los ao vivo nas seguintes datas:
– 31 de Janeiro: Tertúlia Castelense, Maia (23h / 5€)
– 5 de Fevereiro: Salão Brazil, Coimbra (22h / 5€)
– 7 de Fevereiro: Club, Vila Real (23h / 3€)
– 27 de Fevereiro: Festival Sons de Vez, Arcos de Valdevez (00h / 5€)
– 28 de Fevereiro: Beat Club, Leiria (00h / 5€)
– 5 de Março: CT Alba, Albergaria (22h / entrada gratuita)
– 7 de Março: Dunas Bar, Tocha (01h / entrada gratuita)
Entrevista por Hugo Rodrigues