Escolhas dos The Sunflowers:

Los Saicos – Discografia
Podíamos escolher apenas uma música mas não era suficiente. Por isso, escolhemos a discografia dos Los Saicos, banda de garage rock peruana que esteve activa só dois anos (1964-1966) e não lançou nenhum álbum, só singles. Muitas vezes chamada de “primeira banda punk”, criaram um som garage/surf sem saber o movimento garage que se passava mais a norte, nos EUA. A sua discografia ultrapassa pouco mais que 30 min e é das melhores coisas que ouvimos até hoje. Podem encontrar no YouTube com bastante facilidade. É sem dúvida uma das nossas maiores influências e bandas favoritas. Se puderem, e quiserem, vão ler mais sobre eles ou ver o documentário da Noisey.

FIDLAR – The Punks Are Finally Taking Acid
Talvez a nossa música preferida deles. Tem uma sonoridade diferente, mais stoner. O headbanging que se faz no carro com a música a roçar nos limites de nos meter surdos é das coisas mais bonitas que fazemos juntos. FIDLAR é também das nossas bandas favoritas e obviamente, das nossas maiores influências. Agora só falta o concerto em Portugal.

Epsilons – Teeny Boopers
Quem não conhece Epsilons? Não, não é o grupo dos anos 60. Mas é o grupo onde pudemos ouvir pela primeira vez o Ty Segall na guitarra. A banda acabou em 2008 (se não estou em erro) mas o Segall não deixou os ex-membros ficar parados muito tempo, chamando-os para quando se lançou a solo com banda. Estou a falar obviamente do Charles Moonheart e do Mikal Cronin. Depois da intro à banda falo da música: é uma música rápida e agressiva, onde o Segall canta sobre os betos (de Cascais?) que vivem do dinheiro do papá. Se vão à procura da letra, boa sorte. Ainda hoje discutimos entre nós o que ele diz no refrão. Não deixa de ser divertido ouvir e ver o seu hilariante videoclip. Procurem, não se vão arrepender.

The Velvet Underground – Pale Blue Eyes
Vamos adimitir: não somos muito fãs de Velvet Underground. Não é pelas músicas, é porque achamos o Lou Reed (apesar de tudo que descanse em paz) um parvo. Não nos interpretem mal, musicalmente roça no génio mas havia momentos em que só dizia parvoíces. Porém, esta música bate-nos forte sem a ajuda de psicotrópicos. É um hino ao chill e aos sentimentos em que nenhum de nós consegue ouvir a música sem se enroscar no outro. Não é música de marmelanço mas é música de cuddles.

Parquet Courts – Stoned and Starving
Quem nunca? A música é ideal para várias situações e uma delas é estar no Continente a tentar escolher entre Doritos e aqueles panikes mistos. Depois acabar por não levar nenhum e fazer mini pizzas com pão seco em casa. Isto sim, é viver. Isto e a versão ao vivo da música. Dura para uma vida.

Escolhas de Sèrgio Neves:

Radiohead – Everything In Its Right Place
No contrapasso temporal da semana, ficam as peças que encaixam onde devem, as pessoas e as ocasiões que se proporcionam, e o balanço que o universo parece ter.

Angel Olsen – Stars
O anúncio da semana fará valer a pena ter comprado um bilhete com quase meio ano de antecedência, se for pelo arrepio provocado pela voz de tudo.

Tobias Jesso Jr. – Without You
Há limbos aos quais os melhores acrobatas não resistem, que nos enfraquecem os corações e as almas. Além de uma dolorosa sensibilidade, a uma bela música se uniu um bonito vídeo.

Chelsea Wolfe – Iron Moon
Faixa assombrosa, esta que nos abre as portas ao novo álbum. Com mais efeitos que nunca, é verdade, mas que contribuem fortemente para a abertura deste abismo.

Elysian Fields – We’re In Love
Pedaço da vida e das escolhas que fazemos nas noites longas, frias, chuvosas e solitárias, feitas de expectativas frustradas.

Escolhas de Cláudia Andrade:

Emma Ruth Rundle – Shadows of my name
Aquele momento em que conheces a pessoa por trás do álbum que tens ouvido em loop nas últimas semanas. Esta Shadows of my name foi a música que mais ouvi esta semana.

Marriages – Salome
E aquele momento em que vês a banda que mais tens ouvido nos últimos meses. Estou cada vez mais apaixonada por este álbum.

Grouper – Holding
Quando as musicas da semana forem publicadas estarei no Teatro Maria Matos a ouvir esta música. Tenho a certeza que vai ser concerto do ano.

Darkher – The Kingdom Field
Finalmente mudei as músicas do iPod ao fim de mais de 5 anos e esta The Kingdom Field foi comprada de propósito do bandcamp para fazer parte da nova lista. O EP tem rodado muito esta semana.

Joe Hisaishi – The Forgotten Robot Soldier
Revi o Castle in The sky esta semana. Toda a banda sonora é maravilhosa e torna o filme ainda mais bonito. Se nunca viram e ouviram façam um favor a vocês mesmos.

Escolhas de Cláudia Filipe:

Angel Olsen – Windows
Finalmente chegou a hora de tirar o pó à minha tshirt do Burn Your Fire for no Witness, religiosamente guardada à espera do dia em que a Angel Olsen o viesse apresentar a Portugal. E finalmente está confirmado: Setembro será um mês maravilhoso.

Arcade Fire – Month of May
Antes de Setembro chegar, ainda há muita coisa para fazer e Maio será um mês em grande. Para começar, não se esqueçam que dia 15 celebramos 5 anos de Arte-Factos na Casa Independente. Apareçam!

Colin Stetson & Sarah Neufold – In the Vespers
O novo trabalho destes dois é lindíssimo. Típico saxofone do Stetson com a beleza do violino da Sarah Neufold. A combinação é, tal como se esperava, perfeita.

Radiohead – Everything in Its Right Place
A polémica do Uber foi um dos temas centrais da semana. Por enquanto, o serviço vai continuando, felizmente, com todas as suas vantagens. A modernidade e mexer em lobbys ainda incomoda muita gente.

James Blake – CMYK
Não precisam de haver motivos para ouvir o melhor do mundo.

Escolhas de Hugo Rodrigues:

Snot – Snot
Não há maior blast from the past que desenterrar isto, ainda para mais, por descobrir que a banda vem a Portugal em Junho para dois concertos onde vai tocar na íntegra o Get Some. É que isto há coisas.

God Is An Astronaut – Calistoga
A semana que amanhã começa entra a pés juntos, com dois concertos. O primeiro de God Is An Astronaut, que vêm tocar já alguns temas do novo álbum a sair em breve. Será uma excelente oportunidade para relembrar um dos meus concertos preferidos de 2013.

Mono – Unseen Harbor
O segundo pertence aos japoneses Mono e será uma estreia (finalmente) para mim. Foi uma semana a recordar a bonita discografia da banda e espera-se que esta Unseen Harbor se faça ouvir.

Vennart – Infatuate
Depois de na semana passada ter destacado a A Weight In The Hollow, desta vez deixo Infatuate, pelos mesmos motivos. Que chegue rápido o álbum deste senhor.

System Of A Down – Revenga
E já que falei aqui em recordações do passado…