Músicas da Semana #153

Escolhas de Hugo Rodrigues:

dEUS

dEUS – The Architect
Em fim de semana de Super Bock Super Rock, um dos melhores concertos ficou a cargo dos dEUS. Para quem, como eu, ainda não tinha visto a banda, foi uma boa estreia. E sim, eu sei, eu sei, só cá estiveram 158247 vezes nos últimos anos, mas ainda não tinha aderido à religião, my bad. É verdade, em relação ao tema, dEUS me livre se não fica no ouvido.

Blur – Song 2
O avançar da hora e o cansaço acumulado de duas semanas a dormir pouco fizeram-se sentir quando achei que era boa ideia ir sentar-me para ver o concerto dos Blur. Daí a estar a mandar cabeçadas no ar foi um instantinho, desculpem Blur, não são vocês, sou eu. No entanto, nada que uma Song 2 não consiga reverter.

Unknown Mortal Orchestra – Swim and Sleep (Like a Shark)
Depois do concertão no NOS Alive do ano passado, este era outro dos concertos que queria ver no Super Bock Super Rock, mas que acabei por não acompanhar até ao fim. Não estava a sentir. O que não invalida que a banda não tenha grandes malhões, este é um deles.

This Town Needs Guns – Panda
Precisava de hibernar por uns dias e, apesar dos pandas não o fazerem, é o animal mais próximo de um urso sobre o qual os This Town Needs Guns têm o título de uma música. Enfim, música fofinha sobre animais fofinhos.

Circa Survive – The Great Golden Baby
Tem sido uma escolha recorrente desde sempre, mas principalmente nas últimas semanas. Esta que passou não foi diferente, com o Juturna a servir-me de banda sonora todos os dias de manhã durante a viagem entre casa e o ponto de chegada.

Escolhas de Cláudia Filipe:

The Beach Boys

The Beach Boys – Wouldn’t It Be Nice
Gosto muito de The Beach Boys e acho que depois de ver o Love & Mercy fiquei a gostar ainda mais um bocadinho. O filme é baseado na história de Brian Wilson e conta com as interpretações brilhantes de Paul Dano (Wilson jovem) e John Cusack (Wilson mais velho). Durante duas horas viajamos à conturbada mente de um génio. Esta é também o tema que abre um dos grandes álbuns desta vida, o Pet Sounds.

Eels – A Line in the Dirt
O Live At Royal Albert Hall dos Eels é espectacular. Para quem, como eu, não é conhecedor a fundo da banda, tem sido um gancho para ouvir estas músicas noutra perspectiva. Uma grande surpresa.

Radiohead – There there
O Hail to the Thief não é um dos meus álbuns de eleição de Radiohead, mas depois existe uma There There que muda tudo. Esta música, inspirada no som dos Can, é capaz de ser uma das melhores que a banda compôs.

The War on Drugs – Red Eyes
Aquela altura espectacular em que te apercebes que só falta um mês para Paredes de Coura, logo falta um mês para veres uma das tuas bandas preferidas. E para ires de férias também.

Gojira – Vacuity
Resquícios da noite de segunda-feira: acho que ainda não tenho o pescoço direito.

Escolhas de João Neves:

Chvrches

Chvrches – Leave a Trace
A semana fica marcada pelo lançamento da música que fará parte do próximo álbum dos Chvrches. O primeiro deixou a fasquia muito alta e ainda não tenho a certeza se esta a alcança, mas que vão bem encaminhados não há duvida.

Radiohead – Idioteque
Enquanto não chega o prometido próximo álbum, os Radiohead integraram a banda sonora desta semana. Idioteque é somente um dos seus grandes exemplares.

Imagine Dragons – Friction
São músicas como esta que me fazem gostar de ouvir um pouco mais do que passa nos média. Aconselho a todos os que, tal como eu, não são os maiores fãs dos Imagine Dragons a ouvir! Já há umas semanas que queria deixar esta sugestão por aqui.

Daft Punk – Veridis Quo
O grandiodo Discovery andou a rodar por cá nestes dias e decidi escolher Veridis Quo pela sua qualidade, quase que soa a Bach com mais síntese.

Foster the People – Ask Yourself
Os Foster the People são aquela banda que junta letras bastante introspectivas e tensas com melodias alegres, já o seu maior “hit” é exemplo e esta, tirada do ultimo álbum, é outro perfeito.

Escolhas de Cláudia Andrade:

My Brightest Diamond

My Brightest Diamond – Pluto’s Moon
Semana importante em descobertas do nosso universo e em especial do nosso sistema solar. As notícias desta semana fizeram-me voltar a pegar nesta Pluto’s Moon de My Brightest Diamond.

Nick Cave & The Bad Seeds – The Weeping Song
A semana passada quando escolhi a Far From Me, nada fazia adivinhar que Nick Cave voltaria a fazer parte das músicas desta semana, mas o que é certo é que uma triste notícia e uma homenagem merecida assim o obrigam.

The XX – Islands
Ouvir The XX na Ilha da Berlenga, não podia ser mais apropriado.

Julie Byrne – Keep on Raging
Esta semana voltei a pegar na Julie Byrne e no seu Rooms With Walls and Windows enquanto procurava por vozes folk que me eram queridas e familiares. Foi bom voltar a ser embalada pela sua doçura.

Anna von Hausswolff – Deathbed
Quem também reencontrei nesta semana e na mesma pesquisa foi a belíssima Anna von Hausswolff e o seu Ceremony, de 2013, que voltei a ouvir como se fosse a primeira vez.

Escolhas de Ricardo Almeida:

The Chameleons

The Chameleons – Second Skin
Bem sei que estes já andaram por aqui, e não há muito tempo, mas o facto é que foi isto o que ouvi mais esta semana. Se há uns tempos andava viciado no From the Lion’s Mouth dos The Sound, agora ando colado neste Script of the Bridge.

Belong – Perfect Life
De vez em quando lembro-me que isto existe – por algum motivo é comum isso acontecer quando estou de ressaca. Os Belong neste Common Era, de 2011, moram ali para os lados do shoegaze com devaneios experimentais e atmosféricos pelo meio. Recomendadíssimo.

Cult of Luna – Dark City, Dead Man
Se não fosse este disco hoje provavelmente não estava aqui a mandar bitaites. Poucos discos redefiniram tanto a forma como oiço música como este Somewhere Along the Highway ou o Panopticon dos ISIS. Além disso, os Cult of Luna são provavelmente a melhor banda em palco que já tive o prazer de ver.

Stooges – Search & Destroy
Ontem/hoje em 10 pontos:
1º Jantar é fixe, mas jantar duas vezes é melhor.
2º 23:00 horas – cinco rapazes num t1 no Bairro Alto a ouvir, entre outros clássicos, o “Like Virgin”.
3º “Não, não me vão arrastar para o Lux. Volto cedo, que amanhã vou almoçar a casa da minha Avó.”
4º Cinco rapazes a comportarem-se como se tivessem metade da idade que deveras têm: copos, joelhadas épicas nos testículos, copos, gozar com a calvície dos amigos (são umas bestas), fazer valer a máxima “se alguém está deprimido, vamos mandá-lo ainda mais abaixo”, copos, e mais uma vez a palavra “Benfica” a evitar que haja pancadaria/assaltos, copos.
5º “Não vou, não vou, já disse que hoje volto cedo!”
6º “Lá por seres gira ninguém disse que podias beber do meu copo.”
7º Ursos Polares
8º Já me lembro porque é que só em casos de força maior é que ando de táxi. Ladrões!
9º Nove e meia da manhã é cedo, não é?
10º A caminho de Azeitão, a minha irmã diz, “Sou um gin tónico”.

Ceramic Dog – Lies My Body Told Me
Pus o iTunes em aleatório enquanto escrevia isto. É a música que está a dar agora. Marc Ribot, já o ouviram a tocar com Tom Waits, Dead Combo, John Zorn, Elvis Costello, por aí fora…

Arte-Factos

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