Músicas da Semana #163
Escolhas de Few Fingers:
Father John Misty – Chateau lobby #4
Ele já nos tinha agarrado ao primeiro álbum, volta a agarrar-nos no segundo.
Alabama Shakes – Future People
A “soul” da vocalista Brittany Howard é contagiante.
Patrick Watson – Places You Will Go
Do novo álbum do grande cantautor canadiano. Sempre bom.
Ryan Adams – Come Pick Me Up
A sonoridade do álbum “Heartbreaker” foi uma das maiores inspirações para o nosso “Burning Hands”.
St. Vincent – Digital Witness
A criatividade e talento da Annie Clark evidenciadas numa grande canção pop.
Escolhas de Cláudia Andrade:
Wiegedood – De Doden Hebben Het Goed
Ainda na ressaca do fim de semana passado e de um concerto surpreendente, fica o aviso para ouvirem um álbum que vai certamente fazer parte das músicas da semana nos próximos meses.
Altar Of Plagues – Neptune Is Dead
Um concerto de uma vida.
Motion Sickness of Time Travel – Ballade for a Snow Moon
Esta “Ballade for a Snow Moon” do álbum “Ballades” de Motion Sickness of Time Travel acompanhou-me e relaxou-me durante toda a semana de trabalho. Foi a melhor surpresa que me apareceu esta semana. Não se assustem com o tempo de cada música (50min), não dão por ele passar, é uma viagem que vale a pena fazer.
Cemeteries – Luna (Moon of Claiming)
Mais uma bonita surpresa desta semana. Para fãs de dream pop na onda de Beach House, este é sem dúvida um álbum a ouvir.
Bjork – 5 years
A cinco dias e não “5 years” de viver finalmente um sonho possível de realizar, foi tempo de revisitar o que de melhor se faz no belo país no qual me irei perder nas próximas duas semanas. O Homogenic voltou a rodar porque como diz a Pilar – “voltamos sempre ao lugar onde fomos felizes”.
Escolhas de Vera Brito:
Eagles Of Death Metal – Save a Prayer
Aí está o novo álbum dos EODM e uma das suas melhores surpresas para mim é uma cover (e logo eu que não suporto covers). “Save a Prayer”, grande êxito dos Duran Duran, que resume todo o esplendor das baladas dos anos 80, surpreende-nos no final deste Zipper Down e a verdade é que sabe bem ouvi-la assim, com a distorção de guitarras a substituir aqueles sintetizadores pirosos. E não é que Jesse “The Devil” Hughes até tem um lado doce? Gostamos muito da energia e do rock para abanar a anca dos EODM, mas seria interessante vê-los entrar em terrenos mais soturnos de vez em quando.
Deafheaven – Gifts For The Earth
Quando há algum tempo atrás um amigo me mostrou os Deafheaven dificilmente diria que este novo New Bermuda seria dos álbuns a causar-me maior impressão neste ano. Percebo agora que a agressividade da voz de George Clarke, que inicialmente me parecia excessiva, é fundamental para este equilíbrio que os Deafheaven conseguem entre uma brutalidade pujante e uma beleza frágil de sons, num yin-yang perfeito.
Indian Handcrafts – It’s Late Queeny
O que vale é que tanto os EODM como os Deafheaven já disponibilizaram os seus álbuns em streaming na semana passada, senão não seria possível prestar atenção a tudo o que acontece dia 2 de outubro. É porque vai ser dia também para Creeps, o segundo álbum do duo canadiano de space/heavy/speed/stoner rock/metal/punk (riscar o que não interessa). Pelo seu anterior trabalho Civil Disobedience For Losers e por esta “It’s Late Queeny”, Creeps promete ser um álbum a abrir e eu estou curiosa para o ouvir. Já agora para quando trazer estes rapazes para uns concertos por cá?
Royal Blood – Out Of The Black
Ainda nos duos de rock, se os Indian Handcrafts são uns relativos desconhecidos, os Royal Blood, com apenas um álbum, são um sucesso inegável, mas deixamos as comparações entre ambos por aqui. Vão parar muitas vezes à minha playlist e esta “Out Of The Black” é das minhas preferidas (o videoclip também vale a pena).
Queens Of The Stone Age – Go With The Flow
“I want something good to die for, to make it beautiful to live. I want a new mistake, loose is more than hesitate” (espreitem também a cover que os EODM fizeram para esta música, afinal eu se calhar até gosto de covers).
Escolhas de Cláudia Filipe:
Ryan Adams – Blank Space
O Ryan Adams decidiu regravar todo o 1989 da Taylor Swift. Depois o Father John Misty decidiu fazer versões do trabalho que o Ryan tinha feito, inspirado pelo Lou Reed. Todo o álbum é uma maravilha! Já gostava do original (haters gonna hate hate hate hate hate), mas a visão do Ryan surpreendeu-me muito.
Eagles of Death Metal – Complexity
Os Eagles of Death Metal têm disco novo, vêm cá e pelo single de avanço a coisa promete. Que boa que é esta Complexity!
Kurt Vile – Pretty Pimpin’
Nunca achei grande piada ao Kurt Vile, mas esta música faz-me querer dar-lhe outra oportunidade. Muito bom!
Coldplay – Politik
Estava a tentar escolher uma música deste álbum para uma playlist, mas é tarefa difícil. O A Rush of Blood to the Head é demasiado bom. Ainda me lembro do dia em que saí de casa para comprar o meu exemplar mal o disco chegou às lojas. E passados estes anos todos continua a soar como naquele dia.
Arcade Fire – Afterlife
Enquanto vocês estão a ler isto, eu vou estar no cinema a ver o documentário The Reflektor Tapes. Apesar de não ter gostado tanto deste álbum como dos anteriores, a curiosidade para saber mais sobre uma das minhas bandas de eleição é mais do que muita.
Escolhas de João Neves:
Indignu – Capítulo I – Onde as nuvens se cruzam
Rodaram na vasta lista desta semana e merecem fazer parte da restrita escolha de cinco. Esta por si só é fantástica, com um vídeo tão bom como a música e talvez facilmente uma escolha na minha lista de 10 melhores momentos sonoros de sempre, sem qualquer distinção entre nacional e internacional (detesto mesmo essas distinções, penso que é rebaixarmo-nos a um nível que não nos pertence, temos coisas dignas a estarem no meio das melhores mundiais e os Indignu são só um exemplo). Completamente dignos do relevo que tem lá fora e completamente indignos do que tem cá dentro em comparação com outros talvez menos interessantes.
Eric Clapton – I Shot the Sheriff
461 Ocean Boulevard, o trabalho que lançou este grande guitarrista para as bocas do mundo soou esta semana. Talvez tenha escolhido o “cliché”, mas é aquela que pelo nome mais facilmente vão identificar e vos possa fazer voltar a ouvir todo o álbum.
Noiserv – Mr. Carousel
Terminou a série de concertos que vi na semana anterior e uma semana de todo fantástica. Infelizmente, mas por um bom motivo, não consegui prestar a atenção devida ao concerto (não sei até que ponto existem bons motivos para não prestar atenção a um concerto, ainda para mais de um projecto tão interessante e bom como é Noiserv, mas adiante). Mote perfeito para pegar no trabalho de uma ponta à outra e começar a ouvir.
John Buttler Trio – To Look Like You
Que grande guitarrista e grande músico. April Uprising foi uma das muitas audições na íntegra desta semana.
Deftones – Poltergeist
Por estes tempos espera-se um novo trabalho dos Deftones, mas sem que nada o fizesse esperar, o Koi No Yokan, de 2012, começou a ser reproduzido e acabou por ir de uma ponta à outra. Gosto bastante deste trabalho, todas as músicas ligam entre si independente de serem mais calmas ou mais agressivas e tudo está em perfeita harmonia. É mesmo um álbum e não simplesmente um “pacote” de músicas.
Escolhas de Diogo Soares Silva:
David Bazan – Curse Your Branches
Estou há demasiado tempo sem organizar concertos. Este foi o melhor de todos e já estava na altura de repetir.
Craig Finn – Newmyer’s Roof
Outro que já cá punha os pés era o Craig Finn, com ou sem os Hold Steady. O novo disco a solo não é nada de transcendental, mas quem sabe sabe.
Dawes – Now That It’s Too Late, Maria
O último disco de Dawes passou mais ou menos despercebido, mas tem lá dentro uma das grandes canções choninhas do ano.
Charley Pride – Wonder Could I Live There Anymore
Um bonito clássico para animar qualquer fim de tarde chato de Domingo.
John Prine – Sour Grapes
Vou colocar canções do John Prine todas as vezes que participar no Músicas da Semana e é claro que não há mal nenhum nisso. Só vou parar quando todos gostarem.