Músicas da Semana #164

Escolhas dos The Walks:

the-method

The Method – We Don’t Know (Miguel Martins)
Na altura em que começámos a ensaiar e a compor temas e a tentar descobrir a nossa sonoridade descobrimos a banda The Method (que infelizmente e tanto quanto sabemos o projecto teve curta duração) e o seu álbum Dissidents & Dancers. Embora não seja uma influência directa na nossa sonoridade, contém alguns elementos que quisemos também incluir nas nossas músicas como os sopros e em parte alguma sonoridade garage.

Temples – The Golden Throne (Nelson Matias)
Quando saiu o álbum Sun Structures dos Temples no ano de 2014, fiquei completamente viciado com a sonoridade de temas como The Golden Throne ou Shelter Song, entre outros. A sonoridade das guitarras e os refrões orelhudos fizeram-me ouvir o álbum em repeat durante vários meses. Essa altura também marca uma alteração estética na composição de alguns temas, ao explorarmos mais efeitos nas guitarras, como é exemplo a Inside Out, último tema do nosso disco.

Leon Bridges – Better Man (Gonçalo Carvalheiro)
Ao longo das décadas, a soul renova-se com o aparecimento de estrelas cadentes que passam por cá por um maior ou menor curto espaço de tempo.  O  álbum de estreia de Leon Bridges, Coming Home, entrou directamente para a minha playlisyt e por lá continuará ao lado do Sam Cooke e do Otis Redding. Acho que eles não se iam importar.

Eminem – White America (John Silva)
Recentemente “descobri” Eminem. Nunca fui um grande apreciador da cena hip-hop e isso fez-me passar ao lado de toda a “onda” que existiu em redor deste “rapper”, durante o seu auge. Desde que comecei a compor letras, passei a prestar mais atenção a quem o fazia bem. Por acaso, deparei-me um dia com este tema, que me cativou pela sua mensagem forte e pela sonoridade a “puxar” para o rock. Não me saiu da cabeça e tive de ir à procura da letra para o poder acompanhar. Fiquei impressionado com a “facilidade” com que rimava palavras que muitos nem se atreveriam em “pegar”. A partir daí e, à medida que ia conhecendo melhor o seu trabalho, passei a respeitar a sua capacidade de “brincar” com as palavras e considero-o um dos melhores compositores de letras de sempre. Aprendi e continuo a aprender imenso com a sua capacidade de escrita e, apesar de não ser uma referencia em termos de sonoridade, não deixa de o ser como liricista. Nesse âmbito, este tema poderá não ser o melhor exemplo mas, por ter “quebrado” as barreiras que me teriam impedido de explorar esta sonoridade e de conhecer o artista, não podia deixar de o mencionar.

Frank Sinatra – Fly me to the Moon (Paula Nozzari)
Não há muito o que falar do mestre Frank Sinatra…eu adoro a elegância dos Anos 60! Para mim, essa música é terapêutica! Não há nada melhor do que ouvi-la no volume máximo e dançar sozinha pela casa!

Escolhas de Ricardo Almeida:

#42 Converge

Converge – Aimless Arrow
Já passaram duas semanas desde o Amplifest, mas o festival continua muito presente por estes lados. Ainda dou por mim sozinho a lembrar-me do que se passou no Hard Club, e quando estou com amigos que andaram por lá é inevitável falarmos sobre o festival. Converge foi o momento alto; foram muitos anos há espera e a banda não só correspondeu como superou todas as expectativas. Uma banda que diz muito a muita gente. No final, não eram eles que tinham de agradecer, éramos nós!

The Black Heart Rebellion – Violent Love
Desde a primeira vez que o ouvi e até hoje, o Har Nevo continua a ser o meu disco favorito de 2013. O disco novo, People, when you see the smoke, do not think it is fields they’re burning, não é necessariamente inferior. No entanto, duvido que venha a ter o mesmo impacto em mim. Esta, apesar de ser a última música do disco, foi a que me fez levantar o sobrolho aquando da primeira vez que o ouvi. Estes tipos são enormes, e recomendo-os a toda a gente.

Elvis Presley – Suspicious Minds
Eu e um amigo meu temos uma certa pancada pelo Elvis. Como somos tipos sensíveis, gostamos essencialmente das baladas. Esta não é bem uma balada, mas diz-me qualquer coisinha.

Mamiffer – Enantiodromia
Sou fanboy de quase tudo onde o senhor Aaron Turner mete as mãos. Mamiffer recupera aquela velha fantasia de mandar isto tudo às urtigas e mudar-me para o meio do nada rodeado de velhos, casas de pedra, ovelhas, bosta de vaca, e montanhas – viver tranquilo no meio de livros e canídeos, com uma mantinha nas pernas e chá de uma coisa qualquer. Claro que ao fim de seis meses me vinha embora, provavelmente.

Shlohmo – Meet Ur Maker
Mais uma vez o Amplifest. Wife e Atillla deixaram o bichinho de voltar a pegar na electrónica. Entretanto já rodou Fever Ray, já rodou Blanck Mass e até um mash up de Tom Waits com Aphex Twin. Mas hoje o que quero partilhar convosco é mesmo o excelente disco que Shlohmo lançou este ano.

Escolhas de Hugo Rodrigues:

No-Devotion

No Devotion – Stay
Foi uma semana em que alguns novos lançamentos estiveram em destaque por estes lados e o Permanence, primeiro longa-duração dos No Devotion, é um exemplo disso. A banda que junta Geoff Rickly (vocalista dos Thursday/United Nations) aos restantes elementos dos Lost Prophets faz-se valer das guitarras, sintetizadores e bastante reverb neste novo projecto e talvez a Stay não seja propriamente a sua melhor música, mas é certamente, para mim, aquela que “mais ficou”.

City and Colour – Woman
Era um dos discos que mais antecipava neste ano e esta semana foi finalmente possível ouvir o novo de City and Colour. Ainda não sei bem o que acho dele num todo, mas uma coisa é certa, não me desapontou. Se gosto mais dele do que do anterior, isso já é outra história. De qualquer forma, tem que levar mais umas audições em cima. A Woman continua a ser a minha preferida, por enquanto.

Silversun Pickups – Bloody Mary [Nerve Endings]
Esta é mais antiga, mas veio parar à minha playlist porque os Silversun Pickups também têm um disco novo, e a sua audição serviu como eco serviu para revisitar alguma da discografia da banda.

The World is a Beautiful Place & I am No Longer Afraid to Die – The Word Lisa
É por bandas como os The World is a Beautiful Place & I am No Longer Afraid to Die que nos damos por contentes por existirem abreviaturas. A banda norte-americana continua a tentar fugir do emo, ou pelo menos levá-lo até lugares pouco comuns no género e o resultado é agradável. O novo disco chama-se Harmlessness e é mais uma prova disso.

Red Sparowes – In Illusions Of Order
Na verdade a semana não começou com novidades, a contrariar quase tudo o que disse aqui e que aconteceu depois, a primeira grande ocupação na playlist ficou a cargo dos Red Sparowes, que já não ouvia há demasiado tempo.

Escolhas de Vera Brito:

Dave Matthews Band

Dave Matthews Band – Pig
E daqui a exactamente uma semana estarei num dos concertos mais esperados deste ano. A paixão pela DMB não é novidade para quem me conhece e embora ultimamente não tenha acompanhado o seu percurso com a mesma dedicação de outros tempos, as memórias de concertos, as viagens e as amizades travadas através desta paixão pela banda estão sempre presentes nos meus dias. Essa nostalgia e expectativa do concerto no próximo domingo fizeram-me revisitar as minhas preferidas, como esta “Pig”, “Don’t burn the day away and let the rain come flooding in wash out this tired notion that the best is yet to come”.

Savages – Shut Up
E esta semana, antes de DMB, há ainda concerto das britânicas Savages. Domingo, dia de eleições, não consigo não me lembrar desta “Shut Up” e do seu fantástico vídeo que começa com os versos “If you are focused, you are harder to reach / If you are distracted, you are available / You are distracted, you are available”.

Deerhunter – Breaker
Outra que esteve em repetição por aqui foi esta nova “Breaker” dos Deerhunter. É bem mais pop do que aquilo a que estamos habituados dos Deerhunter e prenuncia um som diferente para o seu próximo álbum.

Petite Noir – Freedom
Já aqui antes tinha falado dele mas só esta semana peguei no seu LP estreia La Vie Est Belle / Life Is Beautiful. Os seus ritmos afro-punk e a sua ambiência noirwave são realmente cativantes e refrescantes, diferentes do muito que se ouve nos dias de hoje.

Gazelle Twin – Belly of the Beast
É dos projectos mais interessantes e bizarros dos últimos anos, desde a sua estética arrepiante à sua sonoridade primal que combina os elementos mais estranhos e improváveis, como esta “Belly of the Beast”, onde ouvimos máquinas registadoras.

Arte-Factos

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