Músicas da Semana #167

Escolhas de Bruno Sílvio Martins (Medusa):

Crobot

Crobot – The Legend of the Spaceborne Killer
Primeira faixa do álbum de estreia dos Crobot, isto rebenta completamente. Todo o álbum é um show de riffalhada. Mesmo bom para começar o dia e abrir a pestana. Melhor, só com cafeína!

Royal Blood – Come on Over
Mistura perfeita entre Muse e Jack White com um pouco de Foo Fighters lá pelo meio. Tenho pena de não os ter visto no Coliseu. Mais um excelente álbum de riffalhada que me põe sempre no mood. E sem guitarras!

The Arcs – Outta My Mind
Nova banda do Dan Auerbach dos The Black Keys. É o álbum dos sixties que ele já queria ter feito há muito tempo. Não é uma mudança radical do que já fez no passado, mas é bom e muito bem produzido. Tem uma tensão cativante mais para o fim desta malha.

Gula – Janela Fechada
Gosto imenso desta malha de Gula. Grande feeling, é a única forma que tenho de a descrever. Bons arranjos e boa produção nacional. A parte pesadona da bridge dá outra dimensão ao refrão final.

Lana Del Rey – Music To Watch Boys To
A Lana está sempre em qualquer um dos meus players. Este é o segundo single do seu mais recente álbum “Honeymoon”. A Lana tem o dom de te fazer perder completamente enquanto ouves a sua voz meio sussurrada com todo o seu sex appeal de starlet da época dourada de Hollywood, como se estivesse a falar só para ti. E esta malha é o expoente máximo disso.

Escolhas de Hugo Rodrigues:

letlive

letlive. – Renegade 86’
Perdi um pouco o rasto aos letlive. depois do Fake History, no entanto, voltei a recordar esta semana o álbum e continua bom. Escolhi a Renegade 86’ porque bem, há falta de melhor razão, 86 foi um excelente ano.

At the Drive-In — Invalid Litter Dept.
Já aqui o disse várias vezes e volto a repetir, até porque não há muitas palavras que possa usar para o descrever: o Relationship Of Command é um disco do caraças.

The Ocean – The Quiet Observer
Do split com os Mono. E apesar do tema da banda japonesa ser igualmente bom (como já nos habituaram), foi esta The Quiet Observer dos The Ocean que mais me cativou.

The Elijah – I Loved
O Spotify mostrou-me esta semana mais uma banda com potencial para ter várias audições por aqui. É verdade que já terminaram há uns bons anos e portanto já cheguei à festa atrasado. Mas também não faz mal, nunca fui muito de festas de qualquer forma.

End Of A Year – Composite Character
Outra descoberta via Spotify que foi servida com um twist. Aparentemente os End Of A Year são actualmente os Self Defense Family e, não é que os conheça melhor por isso, mas pelo menos o nome já me é familiar e é o rastilho que vai servir para ir ouvir e conhecer melhor o trabalho desta malta.

Escolhas de Cláudia Andrade:

City and Colour

City and Colour – Harder Than Stone
Todos temos álbuns ou músicas que associamos a momentos ou pessoas das nossas vidas. Infelizmente, nem todos os álbuns e músicas têm a sorte de representar um momento feliz. Aquilo que gosto de fazer é reciclá-los quando chega um momento que grite por eles. Esta semana foi a vez do “The Hurry And The Harm” ser reciclado e ganhar novas paisagens e novos momentos. Nunca um álbum de pop teve uma ligação tão fácil com as paisagens islandesas.

Mono – Ashes In The Snow
A Ashes in the Snow foi ouvida ao anoitecer, quando o gelo dos glaciares saltava do negro das montanhas. Não podia ter havido melhor banda sonora para acompanhar esse momento.

Bjork – Joga
A Bjork é a mãe da Islândia e de toda a sua essência. É uma representação sonora de todas as paisagens, do vento, da chuva, do gelo, da neve, dos lagos, do mar que envolve e das auroras que caminham no céu sobre nós. Ouvir Bjork tornou-se ainda mais especial depois desta semana.

Marika Hackman – Before I Sleep
E antes de adormecer houve sempre tempo para rever mentalmente o dia que passou e o dia que se aproximava. A “Before I Sleep” foi banda sonora de um momento assim.

Catacombe – Ninho de Vespas
Quem também fez parte da banda sonora islandesa foram os Catacombe e esta maravilhosa “Ninho de Vespas” que voltei a ouvir ontem ao vivo no Sabotage Club. O Quidam é sem dúvida um dos álbuns que me remete sempre para momentos e memórias felizes e ontem não foi excepção.

Escolhas de Ricardo Almeida:

Tom-Waits

Tom Waits – You Can Never Hold Back Spring
Esta já cá andou, se calhar até mais do que uma vez. Perdoem-me mas tenho de repetir. É imperativo que toda a gente oiça esta canção pelo menos uma vez na vida. É bem bonita e só diz verdades.

Codeine – Cave-In
Descobri os Codeine na semana passada. Estava a ler umas coisas sobre uma banda muito esquisita que tinha descoberto no dia anterior, quando me deparei com uma referência a estes Codeine. Gostei do nome da banda e resolvi consultar esse poço sem fundo chamado youtube. Este Frigid Stars não tem parado de rodar desde então.

Lotte Kestner – How to Disappear Completely (Radiohead cover)
Não sou grande fã de Radiohead. É verdade, mandem os calhaus que quiserem. Na noite de quarta-feira estava a guiar em direcção a casa e deparei-me com esta versão na Radar. Assaltou-me uma súbita vontade de dar miminhos a alguém.

Savanna – Rest
Sexta-feira. Consulta de medicina no trabalho de manhã. Aparentemente é bem possível que sofra de hipertensão. É o que dá ser um tipo ansioso. Em compensação fui dispensado do trabalho ao fim de duas horas sem sistema informático. Fim-de-semana prolongado, fixe! E porquê esta música? Porque ando a ouvir o espectacular Aurora em repeat desde quinta-feira.

Catacombe – Mental Confusion
Mentiria se dissesse que estava cheio de vontade de ir ver Catacombe. Gosto dos discos deles, acho que são registos sólidos que em nada ficam atrás dos seus semelhantes internacionais. Mas a verdade é que fui até ao Sabotage mais numa do “já que não tenho nada melhor para fazer”. Já me arrependi muitas vezes de não ter ido a certos concertos, mas o contrário nunca aconteceu. Gostei do que vi e ouvi, mas acima de tudo é fixe perceber que a pouco e pouco vou conhecendo malta fixe com interesses em comum. Curiosidade: uma hora depois eu e um amigo apoderamo-nos da aparelhagem de um bar de betinhos onde trabalha outro amigo nosso. Primeiro foi só um Wifezinho para não assustar muito, mas depois, oh, depois veio Death Grips, meus caros! Era vê-los a correr dali para fora em direcção à feira da Golegã.

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