
Porto/Post/Doc 2015 – Antevisão
De 1 a 8 de Dezembro o Porto recebe uma vez mais o Porto/Post/Doc – Festival Internacional de Documentário e Cinema do Real do Porto. Após uma 1ª edição dedicada ao tema do trabalho, a 2ª edição do festival celebrará a juventude e a cultura pop com uma secção especial intitulada Teenage, que distinguirá filmes que debatem e pesquisam a identidade instável mas criativa da adolescência. Ao todo, será exibida mais de meia centena de filmes de diversas origens, convertendo a baixa do Porto (Rivoli, Passos Manuel e Maus Hábitos) no epicentro da exibição da mais recente produção internacional no documentário e no cinema do real – o cinema que nos lembra como “as nossas histórias são reais”.
Além da secção de competição internacional, que compreenderá doze longas-metragens provenientes de várias geografias e temáticas, esta 2ª Edição do Porto/Post/Doc contará com diversas outras secções, abrangendo filmes com especial ligação com a música, o novíssimo cinema português, homenagem a cineastas e filmes sobre a vida real feitos por estudantes do ensino artístico da cidade.
A nova secção Teenage exibirá vários filmes em antestreia nacional, com destaque para The Wolfpack (de Crystal Moselle, vencedor de Sundance), Brothers (de Aslaug Holm) e Los Hongos (de Oscar Ruiz Navia, vencedor de com prémios em Locarno).
Dois dos segmentos da programação serão dedicados a uma retrospectiva da obra de Thom Andersen (realizador americano cujo trabalho questiona as relações entre o cinema e o real) e a um tributo a Chantal Akerman, recentemente falecida. Em ante-estreia nacional, será exibido o muito aguardado The Thoughts That Once We Had, a mais recente obra de Andersen, e a curta-metragem Juke: Passages From Films By Spencer Williams, ambos de 2015. A homenagem a Chantal Akerman incluirá os seus dois últimos filmes – No home movie e La Folie Almayer – e ainda o documentário sobre a sua obra I Don’t Belong Anywhere – The Cinema of Chantal Akerman, cuja exibição contará com a presença da realizadora Marianne Lambert. Um terceiro segmento, Working Class Heroes, celebrará o trabalho de Lionel Rogosin, cineasta independente com uma intensa obra sobre a realidade dos marginalizados entre os anos 50 e 60. Neste contexto, serão exibidos os seus dois principais trabalhos – On the Bowery e Come Back, Africa – e ainda um documentário sobre a sua obra, realizado pelo seu filho Michael Rogosin que estará presente no festival.
Na secção Cinema Falado poderão ser vistas três produções de documentário faladas em português: Bairrismos (de Pedro Neves), Como se (de Daniel Blaufuks) e A Causa e a Sombra (de Tiago Afonso). A secção Cinefiesta, dedicada ao melhor do cinema espanhol documental, exibirá os novos filmes de Sérgio Oksman, José Luís Guérin e Lois Patiño. Na secção Carta Branca, onde cineastas e programadores são convidados a escolher um filme ou uma sessão do festival, serão exibidas as escolhas de Dennis Lim e do festival Les Rencontres Internationales. Para contrariar a escassez de público e gerar novas audiências, foi ainda criado um programa educativo que engloba sessões de cinema, produções de mini-docs, workshops e um júri composto por alunos de várias escolas do Porto, que atribuirá um prémio ao seu filme favorito. Por fim, a secção Transmission, dedicada à relação entre o cinema e a música, exibirá vários documentários, entre os quais Blur: New World Towers (em ante-estreia nacional) e Keith Richards: Under the Influence.
Para conhecer a programação completa, basta aceder ao site do festival.