Músicas da Semana #177
Escolhas dos Can Cun:
Radiohead – Spectre (Bruno André)
Nem seria necessário o regresso da banda britânica, a terras lusas, para ter ouvido o tema esta semana, uma vez que tem estado na minha playlist desde que foi apresentado. A má notícia é que não cumpriu os requisitos dos produtores do último Bond. A boa notícia é que Thom Yorke e sus muchachos acharam que nos havíamos portado tão bem durante o ano, que resolveram deixá-lo no nosso sapatinho este Natal. Estavam errados, mas agradecemos na mesma.
Savages – The Answer (Bruno Coelho)
Um bom tema para nos despertar e para dar as respostas de que precisamos neste novo ano! Ou não.
Jacco Gardner – Find Yourself (Jorge Simões)
A propósito da passagem do Jacco Gardner cá pelo burgo, aqui fica uma música que faz parte do seu último álbum, Hypnophobia.
Sensible Soccers – AFG (Can Cun)
Congratulamo-nos com o anúncio do regresso da banda de Vila do Conde, que sempre fez parte do imaginário de Can Cun. Ao ponto de, numa incrível coincidência, a nossa estreia ter coincidido com um concerto deles, noutro local da cidade de Vila Real. Obviamente ganhamos.
David Bowie – Always Crashing the same car (Can Cun)
O mestre partiu, mas a obra fica.
Escolhas de Cláudia Andrade:
Roly Porter – Blind Blackening
Mais uma semana de boas surpresas a começar por este “Third Law“, novo álbum de Roly Porter, para fãs de Tim Hecker e Ben Frost, a melhor descoberta da semana.
Mamiffer – Mara
Os Mamiffer estão de volta e já podem ouvir o primeiro single do seu novo álbum – “The World Unseen” – a sair a 1 de Abril (vamos todos esperar que não seja mentira). O single chama-se Mara, nome adoptado por Faith Coloccia para lançar o seu projecto a solo e é exactamente a isso que soa, a Faith Coloccia.
Cult Of Luna – Last Will And Testament
O split que junta Cult of Luna e Old Wind só sai no dia 29 deste mês, mas já se pode encontrar no youtube esta “Last Will and Testament” que fez as delícias dos meus ouvidos durante toda a semana. Já tinha saudades de ouvir algo novo destes gigantes tão especiais.
Promise and the Monster – Fine Horseman
Billie Lindahl está de volta com o seu mais recente álbum “Feed the Fire“. Dona de uma voz cativante que envolve com um instrumental dark pop/alternativo. Um excelente registo que vai sem dúvida rodar mais vezes por aqui.
Latitudes – Ordalian
Quando se lê algo como “Influenced by such varied Artists as Neurosis, Rush, King Crimson, Blut Aus Nord, Immolation, Converge or Mastodon” é certo que tem de ser coisa boa. Conheci Latitudes esta semana com o “Agonist” seguido do novo “Old Sunlight” que me surpreendeu bastante pela positiva logo nos primeiros minutos desta “Ordalian“. “Metal cinematográfico” é o nome que o descreve e é sem dúvida essa a ideia com que ficamos. Para continuar a ouvir nos próximos dias.
Escolhas de Sandro Cantante:
Tame Impala – New Person, Same Old Mistakes
É socialmente errado, talvez, mas acho que estou mais inclinado para passar no Alive por Tame Impala do que propriamente por Radiohead. Não comecei a ouvir o Currents há muito tempo, mas agora não passa muito tempo sem que tenha de lá voltar.
Agent Fresco – Dark Water
Mais incomum do que o Spotify nos dar a conhecer bandas boas é fazê-lo através de intermediários. Fui apresentado a Agent Fresco há muito pouco tempo, mas tenho de destacar esta Dark Water do álbum Destrier, que é qualquer coisa de realmente especial.
Gorillaz – O Green World
Acho que desde o concerto de Blur no SBSR a meio do ano passado que ando com uma pancada pela música do Damon Albarn. Passou por todos os álbuns de Blur e chegou a uns quantos de Gorillaz. Agora ressuscitei um interesse especial pelo Demon Days, que adoro, e na altura que estou a escrever isto tenho esta O Green World na cabeça, por isso fez-me sentido referi-la.
Katatonia – The Parting
O Vagos Open Air (ou VOA, vá) achou que era boa ideia passar aqui para a minha vizinhança e não há absolutamente nada de errado com isso. Menos errado ainda são os nomes que atiraram já para o cartaz, tornando este festival no meu favorito de 2016 instantaneamente.
Maybeshewill – He Films the Clouds Pt. 2
A construção desta música é qualquer e isso é razão suficiente para entrar nas minhas escolhas desta semana. Gosto. Muito.
Escolhas de Hugo Rodrigues:
At The Drive-In – One Armed Scissor
O Relationship of Command é um daqueles discos de uma vida, pelo menos da minha, e por isso foi com enorme entusiasmo que recebi a notícia que haveria digressão mundial dos At The Drive-In (vá lá promotores nacionais, que eles vão estar aqui mesmo ao lado) e um novo álbum. Se acho que a coisa vai correr bem? Isso já é outra história. Ainda assim, será muito bom poder tirar as teimas e enquanto isso recordar músicas como esta.
Deftones – Tempest
Quem também vai ter álbum novo este ano são os Deftones. 2016 vai ser em grande.
Filho da Mãe e Ricardo Martins – Estrela e Acabada
O que acontece quando se junta dois dos mais talentosos músicos nacionais em disco? O virtuoso da guitarra Filho da Mãe e o “animal” da bateria Ricardo Martins podem-vos responder a isso. O que eu sei é que Tormenta será um dos bons discos deste ano e por isso devem ansiar por Fevereiro.
My Cruel Goro – Lost E
Já por aqui disse várias vezes que os My Cruel Goro foram uma das boas descobertas do ano que passou e que há muito tempo que não gostava tanto de uma “nova banda”. Esta semana eles mostraram o primeiro single do seu próximo EP e continua bom, não há que enganar.
Their / They’re / There — New Blood
O Spotify a ser amigo.
Escolhas de Isabel Leirós:
Maxim Ludwig – All My Nightmares
É daquelas cenas inexplicáveis: não sei onde desencantei o norte-americano, mas estou a curtir acompanhar a vida artística de Maxim Ludwig naquela página de Facebook com 1.347 fãs. Os 25 seguidores no Spotify são poucos, o moço merece mais com as suas batidas catchy e que tresandam a boa vida de Los Angeles.
Archy Marshall – Sex With Nobody
Conheci-o como Zoo Kid, mais tarde como King Krule. Vi-o ainda jovem adolescente naquela edição única do Mexefest Porto, em plena Garagem Passos Manuel. Em Dezembro último lançou “A New Place 2 Drown” com o seu nome de baptismo, um híbrido que mistura trip hop e jazz experimental. Sempre soube que chegarias longe, meu querido.
Tortoise – Hot Coffee
Os senhores do ambient experimental de Chicago regressaram aos discos, e este Hot Coffee vem comprovar a minha teoria: 80% das vezes, a faixa nº 7 do disco é a melhor. Recomendo vivamente este The Catastrophist naqueles dias de trabalho em que as tarefas não nos querem sair das mãos. Respirem fundo e inspirem, vai acabar tudo bem.
Suede – What I’m trying to tell you
Já não ouvia Suede há uns valentes anos, apesar do papel que tiveram na minha discografia na década de 90. Ouvi o novo lançamento, Night Thoughts, com alguma prudência, e recebi um álbum maduro mas que não se distancia do passado. Das 12 faixas este What I’m trying to tell you já é um favorito.
El Guincho – Comix
A semana terminou com o lançamento de novo single do espanhol que faz a festa como ninguém. O álbum Pop Negro de 2010 já merecia um sucessor e “Comix” cheira a Primavera, com uma sonoridade cool e bem exótica. Conto os dias para a chegada de Hiperasia.