
Symphony X no Paradise Garage (28/02/2016)
Fotos por Paulo Tavares
Numa noite de domingo bastante fria, o ambiente dentro do Paradise Garage prometia aquecer. O tempo não impediu que o recinto situado em Alcântara se enchesse para dar lugar a uma noite de metal, 5 anos após a última visita da banda norte-americana Symphony X.
Para servir de entrada, estiveram de serviço os franceses Melted Space, uma banda relativamente recente e que se torna um pouco “mais do mesmo” do que se faz dentro do género, não se destacando particularmente. Um dos pontos fortes são a junção de duas vozes, uma masculina e outra feminina. The Great Lie, o álbum que lançaram no ano passado foi o ponto principal do curto concerto.
Os tunisinos Myrath sobem ao palco pouco depois das 21h. Tendo em conta o pouco tempo de que dispunham, a banda focou as energias no álbum mais recente, Legacy, lançado este ano, sem deixar de fora faixas do fantástico Tales of the Sands. Representando fielmente as origens, esta banda combina na perfeição o metal sinfónico com a música tradicional árabe, criando um mistura original e incrivelmente melodiosa. O novo single “Believer” mostrou resultar bastante bem ao vivo e a poderosa “Merciless Times”, encerrou com chave de ouro o alinhamento desta passagem da banda por Portugal, que, esperemos, se repita.
A banda mais aguardada do serão, os Symphony X, subiram a palco sem se apresentar e lançaram-se desde logo às três faixas que abrem o disco mais recente Underworld: “Overture”, “Nevermore” e a faixa homónima do álbum. Só depois deste chorrilho de canções é que a banda interpela o público. Continuam a mostrar o registo novo, intercalando as faixas com explicações de todo o conceito que o envolve e o álbum é tocado na íntegra.
Depois da montra musical de Underworld, que constituiu praticamente todo o alinhamento principal, há lugar para canções mais antigas, como “The Death of Balance / Lacrymosa” que remonta a 2000 e as icónicas “Out of the Ashes” e “Sea of Lies” do álbum de 2010, The Divine Wings of Tragedy, verdadeiros hinos de metal progressivo.
No esperado encore ficam “Set the World on Fire (The Lie of Lies)”, uma das mais bem conseguidas canções da banda, retirada do bem sucedido Paradise Lost, e a faixa que encerra o álbum mais recente e que serviu também para terminar a noite, “Legend”. Mais um concerto sólido e irrepreensível da banda, que contou com uma religiosa base de fãs a aplaudir o seu recente e o antigo trabalho.