Escolhas de Johan Rodrigues:

The Veils – The Letter
Finn Andrews é um dos meus compositores e vocalistas preferidos e a banda que lidera é já há alguns anos uma fonte de inspiração. A produção dos dois últimos discos Sun Gangs e Time Stays We Go é directa, crua, não há “efeitos especiais” nem distrações. As canções valem pela composição e performance.

Novo Amor – Anchor
Projecto musical de Ali Lacey que escreve e produz toda a música de Novo Amor. Tenho seguido o trabalho deste artista desde que editou o primeiro single From Gold e o que me cativa nas canções de Lacey é o cuidado pelo detalhe nas melodias e arranjos. Há traços de Sigur Rós e de Bon Iver mas Lacey consegue criar uma sonoridade própria. Uma viagem muito especial.

Kristian Anttila – Vykortsdrömar Som Pilar Rakt Ut I Igenstans
Este é o primeiro tema do novo disco do músico sueco. Anttila faz parte do grupo de artistas que se tornaram populares no início de 2000’s com a explosão indie na escandinávia. Neste último trabalho Anttila despiu as canções da produção que o caracterizam e apresenta-as tal e qual como quando as compôs, voz e viola. O resultado é brilhante. Um álbum intimista onde Antilla parece estar mesmo a cantar só para ti.

Wildes – Bare
Belo tema de Ella Walker. Lembra-me um pouco Rhodes ou Daughter. Reverb, coros e guitarras com muito echo. De momento apenas este single está disponível no Soundcloud da artista, há suspense no ar. Recomendo.

Miike Snow – My Trigger
Este projecto é na minha opinião um dos mais interessantes e inovadores da pop actual. No novo álbum ‘iii’ os Miike Snow deixam de lado um pouco as ambiências mais “sombrias” a que me habituaram e apresentam um som mais “comercial”, hmm.. mais happy? Nada de mal aqui. Ouvir também o single Ghenghis Kahn e o remix de Heart Is Full dos Run The Jewels.

Escolhas de Hugo Rodrigues:

Thrice – Blood on the sand
Quem me conhece ou quem tem a paciência para volta e meia ler esta rubrica provavelmente já sabe que os Thrice são uma das minhas bandas preferidas. Depois de terem anunciado um hiato há coisa de cinco anos mantive expectativas baixas em relação a um possível regresso e muito mais a um novo disco. Ao longo de 2016 foi-se anunciando o fim da paragem, o disco, alguns teasers, datas ao vivo e finalmente a primeira nova música em demasiado tempo. A verdade é que bastou uma audição para mandar as poucas expectativas que tinha ao ar e substituí-las por “Falta muito para Maio? Falta muito para Maio? E agora, falta muito para Maio?”.

Linda Martini – Unicórnio De Sta. Engrácia
Outra banda que já me acompanha há muito tempo e que este ano edita novo disco. “Sirumba” já está disponível para audição no Spotify e esta música é o seu primeiro single. Pessoalmente estou a gostar bastante mais deste disco do que do anterior e desde que ouvi a Unicórnio De Sta. Engrácia que ela não me sai da cabeça, esteja eu realmente a ouvi-la ou não.

Deftones – Doomed User
Olhando para a lista de músicas desta semana temo começar a repetir-me, por isso vou tentar resumir a coisa: o novo disco dos Deftones está a dias de nos chegar às mãos e aos ouvidos e a julgar pelas amostras vem aí coisa boa.

My Cruel Goro – It’s Fake
Os My Cruel Goro também lançaram recentemente um novo trabalho. O EP “Stuff” está disponível para audição e download gratuito no bandcamp da banda e continua viciante como tudo. Tem-me acompanhado durante os últimos dias nas viagens de e para o trabalho e ajuda a abstrair de toda a correria e caos dos transportes públicos.

Cult Of Luna & Julie Christmas – A Greater Call
Forte concorrente a disco do ano? Check.

Escolhas de Cláudia Andrade:

The Beach Boys – God Only Knows
Adoro ouvir músicas que vão estar para sempre associadas a momentos e a pessoas de quem gosto muito. Esta é uma delas.

Chic – I Want Your Love
Rever amigos e jantar ao som dos anos 70 com as melhores malhas de sempre.

Eva Cassidy – Autumn Leaves
Voltar a Lisboa para passar a Páscoa e ouvir a Smooth FM a caminho de almoços de família.

Neurosis – Given to the Risen
Faltam menos de 3 semanas para o Roadburn.

Miserable – Oven
O álbum a solo de Kristina Esfandiari dos King Woman está prestes a sair e esta Oven é o single de avanço para esse projecto. Fãs da banda, vale a pena seguir este trabalho.

Escolhas de Cláudia Filipe:

Jeff Buckley – Hallelujah
Talvez por ser Páscoa, hoje acordei com esta música na cabeça. Esta é daqueles temas que me acompanha há quase quinze anos, mas continuo a gostar dele como da primeira vez que o ouvi. E o Cohen que me perdoe por achar que a versão lhe rouba o mérito do original.

Radiohead – Pyramid Song
Os bilhetes para ver Radiohead no Alive já esgotaram e eu sou uma das sortudas que conseguiu agarrar um antes que voassem. Vou voltar à cena do crime, onde em 2012 me roubaram um arrepio com este tema.

Damien Jurado – Kola
A viagem espiritual de Damien Jurado culmina no seu mais recente registo, Visions of Us on the Land. E tem sido uma jornada maravilhosa de acompanhar, que permite entrar no génio criativo de Jurado e no fantástico mundo que criou. E mal podemos esperar pelo futuro e por novas aventuras que o músico queira partilhar connosco.

Linda Martini – Sirumba
Ainda não sei o que achar do novo de Linda Martini, mas sabe sempre bem tê-los de volta. A faixa que dá nome ao álbum é também a que abre um registo escrito na fórmula a que já nos habituaram. Mas é essa mesma fórmula que os coloca hoje como uma das bandas nacionais mais bem sucedidas dos últimos tempos.

Charles Bradley – Changes
Já aqui referi que um dos meus guilty pleasures são versões. Charles Bradley é um senhor e é com uma enorme mestria que pega num tema icónico dos Black Sabbath e o interpreta com uma inquietante intensidade na voz, só possível a quem já viveu e já sofreu muito.

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