Músicas da Semana #193

Escolhas de The Weatherman:

the-coral

The Coral – Chasing the Tale Of A Dream
Um exemplo do melhor que tenho ouvido vindo de Inglaterra, de uma das minhas bandas favoritas da atualidade. Cada vez aprecio mais as bandas que optam por evitar caganças de produção e que simplesmente entregam música genuína e despretensiosa.

Old Jerusalem – One For The Dusty Light
Vamos colocar as coisas tal como elas são: Old Jerusalem é um exemplo raro de música realmente bem produzida em solo português, independentemente de géneros. Não percebo como é que ao sexto álbum o homem ainda não toca para público mais numerosos…

The Last Shadow Puppets – Aviation
O single de avanço deste disco desiludiu-me… cheguei a temer o pior, mas este single restaurou a minha fé neste disco. Ainda que fique um pouco aquém dos singles do primeiro álbum, é sem dúvida uma boa canção.

Fleetwood Mac – Tusk
Esta faixa, que dá também nome ao disco, é um excelente máximo de criatividade e desprendimento desta banda. Gosto muito deste disco, e influenciou-me bastante nos tempos recentes.

Jim O’Rourke – Hotel Blue
Não é todos os dias que posso dizer com toda a segurança que descobri um génio. Como a maior parte dos génios, infelizmente, passa ao lado da comum dos mortais. Esta música é das melhores coisas que ouvi recentemente. Mas há muitas outras para descobrir.

Escolhas de Hugo Rodrigues:

Quelle-Dead-Gazelle

Quelle Dead Gazelle – Pedra-Pomes
Os Quelle Dead Gazelle estão de regresso às edições com Maus Lençóis e a escolha recai sobre Pedra-Pomes por ter sido o seu primeiro single. E se o disco já rodou uma quantidade razoável de vezes por aqui, será certamente uma melhor companhia durante o Verão, para mexer o corpo ao sol.

Saosin – Racing Toward a Red Light
Não posso dizer que os Saosin me tenham deixado particularmente entusiasmado desde o seu EP de estreia (que ainda é do caraças, só para que fique claro), no entanto, aguardei com expectativa o resultado da nova colaboração com Anthony Green e até agora não me tem soado mal.

Waking Aida – Exploding Palm
Uma das boas surpresas que o Spotify me apresentou na passada semana e que tal como uma bola de neve me levou a uma série de escolhas instrumentais para a playlist, incluindo as duas abaixo.

If These Trees Could Talk — Solstice
O novo disco dos norte-americanos If These Trees Could Talk chega no início de Junho e enquanto se espera ouve-se esta Solstice em repeat.

Russian Circles Harper Lewis
Nem sempre acontece mas, esta semana lembrei-me dos Russian Circles e apeteceu-me picar alguns dos seus temas.

Escolhas de Ricardo Almeida:

Muscle & Marrow

Muscle & Marrow – My Fear
Dizia alguém – e com razão – que as notas que optamos por não tocar são tão ou mais importantes do que as que tocamos. Os Muscle & Marrow estão bem cientes desta atitude e a mestria com que gerem o espaço em Love é reflexo disso. O que fazem é belo e difícil de categorizar, como o são muitas vezes os grandes discos. Uma instrumentação inteligente e pouco convencional aliada à voz de Kira Clark fazem de Love um dos grandes do ano.

Tim Hecker – Music of Air
Ver Tim Hecker sem ver Tim Hecker. As opiniões divergem, e muitos sentem-se ludibriados quando a única coisa que conseguem ver é o jogo de luzes esbatido no fumo que enche a sala, sem nunca porem os olhos em cima do músico. Eu cá gostei – até porque já tenho tendência para fechar os olhos nos concertos. Não tive nenhum awakening, nem foi o melhor concerto da minha vida, mas de vez em quando é importante mudar as regras do jogo. Sem ver Tim Hecker, e apenas com um jogo que luzes que não era assim tão interessante, concentrámo-nos no que realmente interessa: o som.

WIFE – Further Not Better
Não gosto de futebol nem um bocadinho. Para mim o melhor do futebol é o facto das ruas ficarem desertas durante jogos como os de ontem. Aproveitei a hora do jogo para ir pedalar um bocado e o What’s Between de WIFE foi o que me acompanhou.

Death Grips – Giving Bad People Good Ideas
Os Death Grips têm disco novo e é capaz de ser a coisa mais acessível que fizeram. Claro que a palavra “acessível” ganha novos contornos quando utilizada para falar de um disco de Death Grips.

Depeche Mode – Walking in My Shoes
Precisava de mais uma música para fazer as cinco. Esta nunca desilude.

Escolhas de Andreia Vieira da Silva:

HIM

HIM – For You
O meu eu com 16 anos chamou e voltei a ouvir a discografia desta banda. Devo confessar que conhecia bem os singles, mas agora explorei a fundo os álbuns. O Greatest Lovesongs Vol. 666 é um estrondo. E afirmo isso sem vergonha nenhuma. Pode ser uma banda que é considerada por muitos como “foleira”, mas este álbum, o primeiro, está muito bom mesmo. Talvez por ser o primeiro tem um som menos polido, daí achá-lo mais genuíno. Nota-se que queriam imprimir muito o cunho deles, muito centrado no mesmo tema, mas também se notam brutalmente as referências a Type O Negative e Paradise Lost. Esta “For You” é um tema cujo instrumental tem uns jeitos à black metal.

AC/DC – Rock Or Bust
Nunca fui uma fã acérrima de AC/DC. No entanto, o concerto no passado dia 7, com Axl Rose, arrebatou-me. Não estava à espera de sair de lá tão feliz. Esta faixa é o single do novo álbum e mantém aquilo a que os AC/DC nos habituaram.

Nightwish – Weak Fantasy
Numa altura em que foi anunciado o regresso dos Nightwish a Portugal, fui inspeccionar o novo álbum, lançado no ano passado. Devo dizer que Floor Jansen se enquadra muito bem na aura da banda. No entanto, sou daquelas pessoas fãs da Tarja Turunen e para mim os melhores temas são os da era desta vocalista extraordinária. Já tive oportunidade de os ver em 2008, no Coliseu dos Recreios, com a segunda vocalista, Anette Olzon, e tenho bastante curiosidade para ver agora com Floor. Esta faixa é do novo álbum e uma das melhores. Parece-me numa onda muito parecida ao Dark Passion Play, mas com uma voz mais pujante. Resumidamente, uma fusão entre a era Tarja e a era Anette.

HIM – Join Me
Mais outra. Quem não se lembra disto?

Gossip – Standing in the Way of Control
Já não ouvia Gossip há anos. É sempre bom voltar a ouvir músicas que trazem memórias.

Arte-Factos

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