Músicas da Semana #203
Escolhas dos First Breath After Coma:
Joanna Newsom – Divers (Rui Gaspar)
Foram 5 anos de espera depois do seu terceiro álbum, mas voltou e não podia ser melhor! Esta música que dá título ao disco é incrível e é acompanhada de um vídeo que lhe faz completa justiça, realizado pelo Paul Thomas Anderson. Nesta última semana este álbum tem andado em repeat, mas foi esta “Divers” que me conquistou o coração.
Moderat – Ethereal (João Marques)
Este “III” tem-me acompanhado em belos momentos, ando completamente viciado neste álbum. Não há muito que possa dizer, as músicas são uma junção de bonitos sons, que resultam mesmo bem neste fantástico disco!
Animal Collective – Banshee Beat (Telmo Soares)
Estes últimos meses têm sido para revisitar alguns álbuns de Animal Collective. É incrível a forma como eles encaram a música, são mestres a criar ambientes. Esta é uma daquelas pérolas que nos faz viajar (todo o álbum, na verdade).
Brad Mehldau – John Boy (Pedro Marques)
A música que escolho é de um dos melhores pianistas que conheci nos últimos tempos. Desde a altura que me mostraram o trabalho deste grande senhor, tem sido muitas vezes a minha escolha quando oiço música sozinho, tento não fazer rigorosamente nada nesse momento, apenas ouvir e apreciar as músicas. Geralmente antes de adormecer. Espero que apreciem.
Ólafur Arnalds – This Place Was a Shelter (Roberto Caetano)
O “For Now I Am Winter” do Ólafur é um álbum que tenho na caixa de Cd’s do meu carro desde o Natal. Já passou o inverno, a primavera.. e nem o verão o faz derreter. É um dos refúgios musicais mais bonitos que ouvi nos últimos tempos. Esta faixa é acompanhada por um vídeo belo e emotivo que nos faz sentir isso mesmo.
Escolhas de Sandro Cantante:
Pink Floyd – Hey You
Tenho ouvido o Pulse de um lado ao outro um número absurdo de vezes e um dos momentos altos é esta curta – pelos padrões de Pink Floyd – mas intensa música. É realmente chato viver numa altura em que nunca vai ser possível ver esta banda, completa, em concerto.
Anathema – Lightning Song
Anathema é uma banda que prezo muito há bastantes anos, mas há ainda álbuns que nunca ouvi completos, especialmente os mais recentes. É certo que o Weather Systems mal se classifica como recente, mas só há pouco tempo encontrei lá esta preciosa Lightning Song.
Linda Martini – Panteão
Há poucas músicas que sinta tanto como esta do penúltimo álbum de Linda Martini e nem sei bem o que é sentir tanto uma música. A verdade é que acontece, seja pela letra, pelo tom ou pela guitarra na intensidade certa.
Opeth – Hope Leaves
Ainda em antecipação ao próximo VOA, tenho dado umas voltas ao meu álbum favorito de Opeth. Esta Hope Leaves foi a primeira que ouvi na altura em que o álbum saiu há 13 anos e… espera, o Damnation já cá está há 13 anos? Ok, ok…
Bloc Party – Positive Tension
A pancada por Bloc Party continua, assim como pela admiração por aquilo que foram com o álbum de estreia. Acredito que esteja para terminar esta estranha fixação tardia.
Escolhas de Sèrgio Neves:
Angel Olsen – Shut Up Kiss Me
Altamente viciante, o novo álbum da norte-americana revela uma faceta mais electrizante e menos estática do que estávamos habituados, olhando os temas do clássico pudor e tragicomédia de forma arisca e desgarrada, sem perder a sensibilidade que a caracteriza.
Lou Rhodes – All I Need
E falando de sensibilidade, não precisamos de muito mais do que a voz de Lou Rhodes para a sentir na superfície da epiderme, num jeito muito simplista e directo, de ritmo lento e quase hipnótico.
Dinosaur Jr. – Goin’ Down
De riff afinado em riste, os literais dinossauros fazem-nos questionar o Jr. do seu nome após o lançamento de nova malha, abrindo o apetite para o álbum que se avizinha, e após mais de trinta anos a coleccioná-las para o seu reportório.
Moby – Why Doest My Heart Feel So Bad?
Por algum motivo, esta música dos primordiais anos 90 ressurgiu esta semana e foi reproduzida por essa Lisboa fora, por tantos quantos a ouviram. Estará a capital a sentir-se vazia neste mês de férias e de viagens?
Father John Misty – Real Love Baby
Pois para Lisboa, e para tudo na vida, só há uma resposta – amor. Em doses exageradas e a todas as horas do dia, podendo.